terça-feira, 29 de novembro de 2011

Síndrome do Intestino Irritável

Síndrome do Intestino Irritável caracteriza-se por ser uma disfunção do sistema gastrointestinal funcional, ou seja, para a qual não se consegue achar uma explicação determinada. Seus sintomas não são justificados por uma causa conhecida.

O paciente acometido desta enfermidade sente geralmente dores ou incômodos no abdômen, os quais podem ser descontínuos e de longa duração. Há também modificações no mecanismo de funcionamento do sistema intestinal. Estes sintomas podem se expressar na forma de uma prisão de ventre, de uma eliminação frequente de fezes líquidas e abundantes, ou de uma intercalação entre ambos, que atingem aproximadamente na mesma frequência os enfermos.

Embora seja uma doença relativamente nova e parcialmente desconhecida, até mesmo pelos especialistas no assunto, ela já se manifesta com uma relativa constância, lesando de 15 a 20% dos habitantes da esfera ocidental, apesar de já se tornar comum também na Ásia e na África. Ela incide tanto em homens quanto em mulheres, mas por algum motivo parece ser mais encontrada entre as pessoas de sexo feminino. Não se descarta a possibilidade de se ter uma porcentagem maior de casos entre as mulheres, por elas recorrerem mais aos serviços médicos. Algumas pesquisas revelam que a diferença de incidência em um ou outro gênero sexual está igualmente relacionada com o contexto sócio-cultural, pois na Índia os homens são possivelmente mais atingidos por esta Síndrome.

Quanto à idade, este mal ocorre normalmente a partir do fim da adolescência ou no início da fase adulta, mais ou menos entre 20 e 29 anos. A possibilidade de se adquirir esta doença cresce com o passar do tempo, atingindo o ápice de ocorrência aos 45-65 anos, reduzindo seu aparecimento nas faixas etárias de maior amplitude.

Os portadores desta enfermidade têm sua vida e suas atividades profissionais, sociais e familiares limitadas durante as crises, que surgem, permanecem durante um certo tempo, depois desaparecem, até eclodirem novamente em algum momento. As pessoas se sentem enfraquecidas, não conseguem se alimentar direito, e assim são também emocionalmente atingidas. A tendência é o paciente desejar se afastar do convívio social nestes momentos perturbadores, sentindo-se ansioso, aflito e sem nenhum desejo de se comunicar com o outro.

É importante que o enfermo vença seus próprios receios e preconceitos, buscando o mais rápido possível o socorro do especialista. Só assim ele terá a possibilidade de conhecer melhor o distúrbio que o afeta e, com as orientações necessárias, conviver melhor com este mal crônico e suas consequências, conquistando uma melhor qualidade de vida.

Pouco se sabe sobre esta enfermidade. Mesmo assim, os profissionais arriscam algumas causas hipotéticas. Todos apresentam um movimento intestinal necessário para eliminar as substâncias que constituem as fezes. Alguns, porém, revelam uma modificação nesta motilidade, o que provoca contrações dolorosas, constipações ou diarréias.

Algumas pessoas demonstram uma intensa suscetibilidade ao retesamento intestinal, naturalmente causado pelo acúmulo de gases, que é por sua vez elaborado através da vivência de momentos estressantes ou do processo de digestão. Este mecanismo eclode logo depois da deglutição de substâncias com alto teor de gordura e de fibra. Esta hipersensibilidade está presente especialmente nos pacientes que apresentam diarréia. Os vilões desta história, responsáveis por este contexto, são as modificações nos sistemas periféricos ou centrais da impressão dolorosa.

A carência de adaptação do tônus intestinal à tensão do material que nele está contido é passível igualmente de atingir a percepção visceral. Outros estudiosos alegam que uma infecção no intestino pode também causar esta Síndrome, ou pelo menos ser um elemento propício a sua eclosão. Os fatores emocionais, porém, parecem responder pela maior parte dos casos, associados a uma destas prováveis causas.

Fontes
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4647&ReturnCatID=1769
http://www.geocities.com/quackwatch/sii.html

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