Foi descrita pela primeira vez no ano de 1861 por HC Lombard, em Paris, e por Samuel Gee, em Londres. Apesar desta síndrome já ser conhecida a muitos anos, ainda não se conhece ao certo sua etiologia.
Embora esta síndrome possa acometer indivíduos de todas as idades e ambos os sexos, ela é mais frequente em mulheres e em crianças.
A frequência das crises varia muito, indo de uma até 70 por ano, sendo que, em média, ocorrem cerca de 12 vezes ao ano. Habitualmente, as crises iniciam-se no mesmo horário em cada paciente, normalmente pela manhã (bem cedo) ou durante a noite. Outro fator que tende a se repetir em cada paciente é a duração de cada período da moléstia. Depois de iniciada a crise, o ápice dos sintomas é alcançado dentro de poucas horas, podendo o indivíduo vomitar copiosamente, até quatro vezes dentro de uma hora, por um dia ou mais.
O episódio termina do mesmo modo como começou, de forma brusca, em certos casos o indivíduo cai no sono, devido à exaustão física provocada pela crise.
Os indivíduos afetados e até mesmo os seus familiares podem apresentar outras manifestações clínicas, como: enxaquecas, cinetoses e desordens gastrointestinais. Juntamente às crises de vômito pode haver palidez, fotofobia, intolerância a odores e barulhos, fraqueza, salivação abundante, dor abdominal, cefaléia, taquicardia, febre, diarréia, manchas na pele e leucocitose.
Esta patologia comumente é de difícil diagnóstico, uma vez que sua frequência na prática clínica é muito baixa, além de existir outras causas de vômito que são mais comuns do que a síndrome dos vômitos cíclicos. O diagnóstico é alcançado por meio de detalhado histórico do paciente, exame físico e testes laboratoriais, visando descartar outras doenças de sintomatologia semelhante (diagnóstico diferencial).
A cura para esta síndrome ainda não foi descoberta. O tratamento realizado nesse caso é o de suporte, visando o controle do episódio agudo e prevenção de episódios futuros. É de extrema importância manter o paciente em local escuro e silencioso para que o paciente consiga dormir. Habitualmente há a necessidade de hospitalizá-lo para fornecimento de soluções intravenosas durante os episódios. Alguns fármacos podem ser utilizados, com o objetivo de controlar as náuseas e vômitos.
A prevenção pode ser feita por meio do tratamento de fatores emocionais desencadeantes e uso de medicamentos profiláticos, sendo que estes últimos devem ser usados ou não, de acordo com a gravidade e freqüência das crises.
Fontes:
http://www.soperj.org.br/revista/detalhes.asp?id=689
http://www.tuasaude.com/sindrome-dos-vomitos-ciclicos/
http://bvs.sld.cu/revistas/ped/vol79_03_07/ped08307.htm
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