quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sudorese ou Hiperhidrose

Sudorese ou Hiperhidrose

Sudorese ou Hiperhidrose é uma condição médica cuja principal característica é a transpiração em excesso. Segundo o dicionário Michaeles (2007), sudorese é “transpiração profusa”. O suor é um mecanismo que torna possível a adaptação do corpo as flutuações de temperatura a que o ser humano pode ser exposto.


Em condições normais, as pessoas transpiram quando submetidas a calor excessivo ou quando se exercitam. As glândulas sudoríparas, localizadas abaixo da derme, são as responsáveis pela produção e eliminação do suor.
A hiperatividade das glândulas sudoríparas têm como consequência a sudorese, ou hiperhidrose. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas. O excesso de produção das glândulas écrinas é que causa a hiperhidrose. Existem de 2 a 5 milhões de glândulas écrinas distribuídas por todo o corpo humano. Os locais mais afetados são as mãos, pés, axilas, crânio e rosto, que podem permanecer constantemente molhados de suor.
Hipertiroidismo, obesidade, menopausa e distúrbios psiquiátricos podem ter a sudorese como sintoma. Nesses casos, a hiperhidrose é considerada secundária a uma doença de base.
No entanto, na maioria dos casos, a sudorese é primária, consequência de nervosismo, stress, de uma maior sensibilidade a temperatura ambiente ou mesmo a estímulos (ingestão de comidas condimentadas, por exemplo). Um sistema nervoso excessivamente ativo é uma possível explicação para a hiperhidrose primária. Nesses casos, é uma condição que tem como maior consequência o mal estar social e o desconforto que o suor em excesso causa aos indivíduos com sudorese. Os sintomas podem surgir a qualquer tempo, inclusive na infância, embora seja mais comum que surja entre os 15 e 30 anos de idade.
Não existe um tratamento definitivo para a sudorese. Dependendo da intensidade da hiperhidrose, pode ser indicado:


  • Tratamento Tópico – com cremes, antiperspirantes e adstringentes (cloreto de alumínio em álcool etílico, solução de glutaraldeído 2%, etc.) – são recomendadas  para os casos de hiperhidrose leve ou moderada.
  • Tratamento medicamentoso – uso de ansiolíticos, antidepressivos e anticolinérgicos, que agem sobre o sistema nervoso, diminuindo o estímulo desse às glândulas sudoríparas. Os sintomas só são reduzidos enquanto os medicamentos estão sendo ministrados, e os efeitos colaterais são vários, como boca seca, alteração na visão, sedação, entre outros.
  • Tratamento com Toxina Botulínica (Botox) – Aplicação da Toxina é recomendada para os casos de hiperhidrose leve ou moderada que não respondem bem ao tratamento tópico. Dura de 6 a 8 meses, sendo necessárias novas aplicações após esse prazo.
  • Tratamento cirúrgico – Recomendada  nos casos de hiperhidrose grave, ou nos casos de hiperhidrose moderada, em que houve perda da qualidade de vida , por ser um procedimento invasivo. A intervenção cirúrgica é chamada de Simpatectomia Torácica por Videotoracoscopia. Por meio dela, é interrompida a transmissão dos nervos que são responsáveis pelo suor em excesso.
Mesmo o tratamento cirúrgico não significa a cura da hiperhidrose, pois é comum que o suor exagerado migre da região onde foi realizada a operação para outras regiões do corpo, ocorrendo o que os médicos chamam de hiperhidrose compensatória.





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