A tricomonose genital bovina, também conhecida como tricomoníase bovina, é uma doença infecciosa sexualmente transmissível causada pelo protozoário Tritrichomonas foetus que habita o trato genital dos bovinos.
Mesmo estando erradicada em diversos países que utilizam a inseminação artificial de modo intenso, nos locais onde o controle sanitário não é eficaz, a tricomoníase ocorre endemicamente. Por acarretar diversos problemas reprodutivos, esta doença é responsável por grandes prejuízos econômicos na pecuária.
O Tritrichomonas foetus é classificado taxonomicamente como pertencente ao filo Sarcomastigophora, classe Zoomastigophora, ordem Trichomonadidae e gênero Tritrichomonas. Este agente tem como hospedeiros naturais os bovinos, no entanto já foi constatada sua presença em suínos e camelos. Este protozoário vive em ambiente anaeróbico ou microaeróbico, sendo muito sensível ao calor, aos raios ultravioletas e aos desinfetantes comuns, no entanto, sobrevive ao congelamento. No meio ambiente, este parasito sobrevive por poucos dias.
Sua transmissão se dá através do sêmen de um touro infectado para uma fêmea sadia, ou vice-versa, através da monta natural ou da inseminação artificial. Existe também a transmissão não venérea, em menor porcentagem, que pode ser através de fômites, cama, vagina artificial e instrumentos obstétricos fato que poderia justificar a existência de novilhas virgens contaminadas.
Após o patógeno entrar no organismo do animal, dentro de 15 dias todo o trato genital já está contaminado, multiplicando-se de forma intensa na vagina, posteriormente alcança as pregas da cervix, levando a uma vaginite moderada com descarga mucopurulenta, discreta endometrite e infertilidade transitória, que pode evoluir para piometrite, salpingite e cervicite.
Entre a 14° e o 18° o número de protozoários é muito grande. Entre seis a oito semanas, ocorre a resposta inflamatória do útero, sendo esta a provável causa da morte do feto. O aborto, na maioria das vezes, se concentra nas primeiras semanas de prenhez, podendo ir até o 5° mês. Quando não há a invasão do útero pelos protozoários, a gestação segue normal. Nos casos de invasão do útero, multiplica-se nas membranas fetais, levando à uma placentite, desprendimento e morte do embrião.
Já nos machos, o parasito é encontrado no pênis, na cavidade prepucial, e, algumas vezes, no orifício uretral. No entanto, normalmente os machos não apresentam evidências macroscópicas da infecção, permanecendo como portadores por toda a vida, já que em touros velhos, a infecção torna-se crônica, provavelmente devido ao aumento do número e da profundidade das vilosidades do epitélio prepucial desses animais.
Os sinais clínicos apresentados pelas fêmeas acometidas são: repetição de cio, aborto (mais freqüentemente até os 5 meses de gestação), descargas uterinas ou vaginais e piometrites associadas com anestro. Raramente os touros apresentam algum sinal clínico da infecção, mas quando isso acontece, pode haver a presença de uma discreta balanopostite.
O diagnóstico é feito com base no histórico reprodutivo do rebanho e no isolamento e identificação do T. foetus em amostras de placenta, feto, secreções uterinas ou vaginas, esmegma ou sêmen dos animais suspeitos. Dentre os exames laboratoriais que podem ser realizados estão: exame direto (30% de sensibilidade), cultivo celular (sensibilidade de 87 a 97%) e isolamento do protozoário, sendo os dois últimos os mais eficazes. Testes sorológicos, como imunofluorescência e ELISA, apresentam limitações, principalmente pela existência da possibilidade de ocorrer reações cruzadas com outras doenças.
As fêmeas acometidas são capazes de eliminar a infecção sem necessidade de tratamento terapêutico, sendo necessária a realização de um repouso sexual de 90 dias e com involução uterina normal. As fêmeas que apresentarem piometrite pós-coital necessitam de cuidados adequados, para não se tornarem permanentemente estéreis. O tratamento dos touros tem sido proposto como medida preventiva para a erradicação da enfermidade, mas ainda não existe nenhuma droga eficaz aprovada para o tratamento de machos e fêmeas infectados.
Existem duas formas distintas de tratamento nos machos: a tópica, na membrana prepucial e no pênis, e a oral. No entanto, esses são muito trabalhosos e apresentam efeitos colaterais indesejáveis.
As principais medidas de controle são a adoção da inseminação artificial e o repouso sexual de 90 dias para as fêmeas. Existem vacinas comerciais contendo T. foetus mortos, que tem demonstrado significativa redução do aborto quando as vacas entram em contato com o patógeno em questão.
Fontes:http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/download.php?arq_pdf=DOC54
http://www.camposecarrer.com.br/reproducao/Tricomonosebovina.doc
http://www.vallee.com.br/doencas.php/1/61
http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=417
http://www.limousin.com.br/pages/artigos/vendo.asp?ID=61
Mesmo estando erradicada em diversos países que utilizam a inseminação artificial de modo intenso, nos locais onde o controle sanitário não é eficaz, a tricomoníase ocorre endemicamente. Por acarretar diversos problemas reprodutivos, esta doença é responsável por grandes prejuízos econômicos na pecuária.
O Tritrichomonas foetus é classificado taxonomicamente como pertencente ao filo Sarcomastigophora, classe Zoomastigophora, ordem Trichomonadidae e gênero Tritrichomonas. Este agente tem como hospedeiros naturais os bovinos, no entanto já foi constatada sua presença em suínos e camelos. Este protozoário vive em ambiente anaeróbico ou microaeróbico, sendo muito sensível ao calor, aos raios ultravioletas e aos desinfetantes comuns, no entanto, sobrevive ao congelamento. No meio ambiente, este parasito sobrevive por poucos dias.
Sua transmissão se dá através do sêmen de um touro infectado para uma fêmea sadia, ou vice-versa, através da monta natural ou da inseminação artificial. Existe também a transmissão não venérea, em menor porcentagem, que pode ser através de fômites, cama, vagina artificial e instrumentos obstétricos fato que poderia justificar a existência de novilhas virgens contaminadas.
Após o patógeno entrar no organismo do animal, dentro de 15 dias todo o trato genital já está contaminado, multiplicando-se de forma intensa na vagina, posteriormente alcança as pregas da cervix, levando a uma vaginite moderada com descarga mucopurulenta, discreta endometrite e infertilidade transitória, que pode evoluir para piometrite, salpingite e cervicite.
Entre a 14° e o 18° o número de protozoários é muito grande. Entre seis a oito semanas, ocorre a resposta inflamatória do útero, sendo esta a provável causa da morte do feto. O aborto, na maioria das vezes, se concentra nas primeiras semanas de prenhez, podendo ir até o 5° mês. Quando não há a invasão do útero pelos protozoários, a gestação segue normal. Nos casos de invasão do útero, multiplica-se nas membranas fetais, levando à uma placentite, desprendimento e morte do embrião.
Já nos machos, o parasito é encontrado no pênis, na cavidade prepucial, e, algumas vezes, no orifício uretral. No entanto, normalmente os machos não apresentam evidências macroscópicas da infecção, permanecendo como portadores por toda a vida, já que em touros velhos, a infecção torna-se crônica, provavelmente devido ao aumento do número e da profundidade das vilosidades do epitélio prepucial desses animais.
Os sinais clínicos apresentados pelas fêmeas acometidas são: repetição de cio, aborto (mais freqüentemente até os 5 meses de gestação), descargas uterinas ou vaginais e piometrites associadas com anestro. Raramente os touros apresentam algum sinal clínico da infecção, mas quando isso acontece, pode haver a presença de uma discreta balanopostite.
O diagnóstico é feito com base no histórico reprodutivo do rebanho e no isolamento e identificação do T. foetus em amostras de placenta, feto, secreções uterinas ou vaginas, esmegma ou sêmen dos animais suspeitos. Dentre os exames laboratoriais que podem ser realizados estão: exame direto (30% de sensibilidade), cultivo celular (sensibilidade de 87 a 97%) e isolamento do protozoário, sendo os dois últimos os mais eficazes. Testes sorológicos, como imunofluorescência e ELISA, apresentam limitações, principalmente pela existência da possibilidade de ocorrer reações cruzadas com outras doenças.
As fêmeas acometidas são capazes de eliminar a infecção sem necessidade de tratamento terapêutico, sendo necessária a realização de um repouso sexual de 90 dias e com involução uterina normal. As fêmeas que apresentarem piometrite pós-coital necessitam de cuidados adequados, para não se tornarem permanentemente estéreis. O tratamento dos touros tem sido proposto como medida preventiva para a erradicação da enfermidade, mas ainda não existe nenhuma droga eficaz aprovada para o tratamento de machos e fêmeas infectados.
Existem duas formas distintas de tratamento nos machos: a tópica, na membrana prepucial e no pênis, e a oral. No entanto, esses são muito trabalhosos e apresentam efeitos colaterais indesejáveis.
As principais medidas de controle são a adoção da inseminação artificial e o repouso sexual de 90 dias para as fêmeas. Existem vacinas comerciais contendo T. foetus mortos, que tem demonstrado significativa redução do aborto quando as vacas entram em contato com o patógeno em questão.
Fontes:http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/download.php?arq_pdf=DOC54
http://www.camposecarrer.com.br/reproducao/Tricomonosebovina.doc
http://www.vallee.com.br/doencas.php/1/61
http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=417
http://www.limousin.com.br/pages/artigos/vendo.asp?ID=61
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